promessas...
aí
vais me dizer
que
prometo,
prometo,
prometo.
Nada
faço, e prometo.
De
novo, só te escrevo.
Só
te beijo, e nada.
Uma
vez mais, destrói suas pegadas,
mas
volta sorrateiro e desnuda sua morada.
Mas
ainda ouço-te dizer,
que
prometo,
prometo
e mais nada não.
Uso
de belos versos,
contos
boas estórias,
canto
choro e samba canção,
deixo
flores na mesa,
gole
na garrafa e cigarro pelo chão,
e sem
barulho escorro pela soleira,
e
diz que me perco pelas ruas,
que
de noite nem sinal,
mas
que de madrugada tem lual, serenata e tal.
E diz
também que sou assim, assado,
toada
de amor,
e
que até deixo cheiro de flor,
mas
tem hora, parece faca na carne, sem dó.
E
vais falar pra todos que não vou voltar,
que
tem vida nova,
que
tem novo amor.
É,
vais falar,
mas
quando e sempre que falar,
é da
presença ausente que se vai lembrar,
e ai,
só pra maltratar,
porque
matreiro é o coração,
o trilho
do trem vai errar,
e
mesmo que já vá longe sua nova vocação,
a
promessa minha vai bater em sua cara,
e
se não deixar entrar, invado seu coração,
com
promessas,
promessas
e invenção!
Bernardo
G.B. Nogueira
Conselheiro
Lafaiete
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