sábado, 8 de dezembro de 2012

promessas...

promessas...

aí vais me dizer
que prometo,
prometo,
prometo.
Nada faço, e prometo.
De novo, só te escrevo.
Só te beijo, e nada.
Uma vez mais, destrói suas pegadas,
mas volta sorrateiro e desnuda sua morada.
Mas ainda ouço-te dizer,
que prometo,
prometo e mais nada não.
Uso de belos versos,
contos boas estórias,
canto choro e samba canção,
deixo flores na mesa,
gole na garrafa e cigarro pelo chão,
e sem barulho escorro pela soleira,
e diz que me perco pelas ruas,
que de noite nem sinal,
mas que de madrugada tem lual, serenata e tal.
E diz também que sou assim, assado,
toada de amor,
e que até deixo cheiro de flor,
mas tem hora, parece faca na carne, sem dó.
E vais falar pra todos que não vou voltar,
que tem vida nova,
que tem novo amor.
É, vais falar,
mas quando e sempre que falar,
é da presença ausente que se vai lembrar,
e ai, só pra maltratar,
porque matreiro é o coração,
o trilho do trem vai errar,
e mesmo que já vá longe sua nova vocação,
a promessa minha vai bater em sua cara,
e se não deixar entrar, invado seu coração,
com promessas,
promessas e invenção!

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete

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