carta de mulher com medo de amar...
ri
de mim não,
sabe
não o que tem aqui,
um
turbilhão.
Demais
da conta que parece erupção.
Nenhuma
fresta
resta sem canção.
Vai
embora sem calma e volta sem anunciação,
o
seu olhar que me ria, foi só minha invenção,
e
se ficar a rir desse jeito que faz,
vai
acabar fazendo coisas nesse campo que jaz.
Porque
tem o Chico cantando e flor no sonho,
porque
assim parece que tem amor,
pra
depois dormir e viver com verdade esse ardor,
saído
de dentro das letras que vão nascendo e procuram te compor,
tipo
a hora em que a música encontra e letra,
do
jeito que a fome encontra a boca,
da
mesma forma que o gole concebe a louca,
igual
quando o corpo sedento se entrega em cor,
vivo de vontade, sem pudor,
e
por causa dessa coisa que acaba por inventar,
chamo
a chama pra encontrar,
na
verdade, clamo!
És
vício e és maldade,
fel
e bondade,
e
por dentro destes olhos que me riem em tom único a inundar,
fazes
hora de rir,
já
tens o arreio, agora é só cavalgar...
Bernardo
G.B. Nogueira
Conselheiro
Lafaiete...
Onde tem Chico e flor tem o melhor do amor!!
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