sábado, 8 de dezembro de 2012

carta de mulher com medo de amar...



carta de mulher com medo de amar...

ri de mim não,
sabe não o que tem aqui,
um turbilhão.
Demais da conta que parece erupção.
Nenhuma fresta
 resta sem canção.
Vai embora sem calma e volta sem anunciação,
o seu olhar que me ria, foi só minha invenção,
e se ficar a rir desse jeito que faz,
vai acabar fazendo coisas nesse campo que jaz.
Porque tem o Chico cantando e flor no sonho,
porque assim parece que tem amor,
pra depois dormir e viver com verdade esse ardor,
saído de dentro das letras que vão nascendo e procuram te compor,
tipo a hora em que a música encontra e letra,
do jeito que a fome encontra a boca,
da mesma forma que o gole concebe a louca,
igual quando o corpo sedento se entrega em cor,
 vivo de vontade, sem pudor,
e por causa dessa coisa que acaba por inventar,
chamo a chama pra encontrar,
na verdade, clamo!
És vício e és maldade,
fel e bondade,
e por dentro destes olhos que me riem em tom único a inundar,
fazes hora de rir,
já tens o arreio, agora é só cavalgar...

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete...

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