A prisão e a vida da linguagem: amar?
Temos
o mundo em linguagem,
quantos
mundos há?
E
quantas linguagens há também?
Distantes
caminhos restam a dizer,
encerrar
em dito a tragédia da finitude.
Cantar
canções e inventar caminhos.
No
som da linguagem que se cria,
dado
que dizê-la é viver,
e é
ao mesmo tempo morrer,
dado,
servido em mesa feita de conceitos.
Quiçá
um silêncio nos salve,
da
dor diária de dizer,
com
olhos fechados inventar signos,
sonhos
daquilo que não diz,
do
que desafia a palavra,
pois
lemos o mundo na medida em que amamos.
Pode-se
não amar!
Bernardo
G.B. Nogueira
Itabirito
- primavera
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