sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

adeus

adeus

importa ali era captá-la feito arte,
pra isso me demorei tantas vidas,
bravo e forte.
cansado já de não ver o mar me despedi,
de mim mesmo,
não de ti.
Eras já minha dona.
Entregue e a esperar,
na soleira e na chuva,
atrás da porta.
E sem querer,
fiz choro dos pingos que caiam,
bandido, trocei dos outros que iam,
e de novo joguei fora a tela,
mudei a luz e tornei a me calar,
a arte de ti escapava-me ao ar,
e como escafandrista que não sou,
esperei até ontem, sem me afobar...

Bernardo G.B. Nogueira
BH - verão

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