Sem nada
Quanto de chão
precisa meu céu,
a altura do
suspiro alcança-me como um réu,
vítima e
algoz dos meus passos,
com verdade e
súplica de pés descalços.
Uma nova noite se
repete,
enquanto as horas
palpitam,
dilacera o olhar
escarlate,
faz frio e a brisa
é disparate.
Dum colo
esquecido,
forma e cor
explodem, um estampido,
silêncio intenso,
é negro o sorriso.
E as estrelas da
estrada,
restam jogadas,
um nada,
foi etéreo o rumo
que conduziu a farsa.
Fado perdido,
um choro,
uma serenata.
Ouvido surdo do
coração,
primavera com
flores caídas,
toda a estrada
restou desabitada.
Cena criada feito
caçada,
solitária e
inerte,
o amor fez ali
sua morada, esperada.
E de tanto
esquentar,
o olhar cálido
foi a única chegada.
Pés descalços,
flor no solo, alma irrigada.
Bernardo G.B.
Nogueira
Horizonte – Belo
e novo – inverno.
Parabéns Bernardo!
ResponderExcluirBelo poema...
Sentimento puro..
Abraços poema.
Dolores Jardim
"Ouvido surdo do coração"...
ResponderExcluirMaravilhoso! ameeeeiiiiiiii B!!!