Saber amar
Eu sei que estas a me amar,
de longe pelas agrestes montanhas,
como loba a me espreitar,
com uivo pleno ao luar.
Sei que me vê a cada manhã,
espera minha aurora,
serve-se como maçã,
de minha boca quente.
Em tempo de noites frias,
toma meu corpo,
fazes meu desenho com afã.
De um cego que crava na noite,
olhar esguio a claudicar,
preciso feito outono,
pra dentro do meu peito regressar,
sorrateira naquela sombra.
Eu sabia,
me estava a amar.
Bernardo G.B. Nogueira
Inverno – Conselheiro Lafaiete
Fui alvo de Eros
ResponderExcluirAh! Eros,
brincalhão,
maldito Eros!
Logo eu,
que não precisava,
que não queria,
que não procurava,
que não podia!
E agora, vivo assim...
atordoada,
mexida,
doente,
sofrida,
viciada.
E o caminho desta seta,
foi você e a sua poesia!
E agora?
Agora basta!!
Basta!