Eu sei que você dorme
Eu sei que você
dorme,
sem saber de mim,
do meu delírio
sem fim,
da minha dose
infame,
do meu calor que
ferve,
da minha dor que
te serve.
Como sal que
alimenta,
como chegada que
acalenta.
Sei que você
dorme,
tranquila como
orquestra,
sem sons que te
despertem,
como a lua que
aquece.
Depois desse
sono,
há o mundo que te
recebe.
O meu som ecoa,
ninguém percebe.
Minha morte,
leve e cálida,
te concebe.
Depois da vida,
o amor que
antecede.
Depois da morte,
renasce a festa,
de toda a sua
beleza que me encerra,
qual câncer, me
infesta,
qual seca,
torna agreste
minha vista
e só a sua visão
se manifesta...
Bernardo G.B.
Nogueira
Inverno – Ponte
Nova
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir"MIM" também ACHAR muito legal os escritos do Professor Bernardo.
Excluir