quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que resta...

O que resta...

Dizia palavras inventadas cada vez que sonhava,
cantos em tom de flor que caía,
flauta doce de sua espera enquanto dormia,
sozinho com seu amor, eterna companhia.

E toda noite assim era sinfonia,
na manhã que vinha,
torpor me trazia,
assim como andar cego pela vinha,

o cheiro parecia que não existia,
desatino incontido em mar e nostalgia,
ode serena à lua que ali jazia.

Toda a sua criação se esculpiu em poesia,
minha mão foi agora sua guia,
meu sorriso encantou-se pelo seu sonhar,
                                                               agora é só vida,
                                                               fantasia.

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete – inverno.

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