segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O amor e a tempestade


O amor e a tempestade

Te amo igual ao sol que beija a lua em cada crepúsculo,
escondido e necessário,
improvável qual a neblina que nasce de nosso incesto,
profundo como cada momento de festa.

Sorrateiro feito o fim da tarde
que te espreita a cada escolha,
aquela não dita e tão falada,
o verbo sentido feito toada.

Canção do sertanejo que perde a morada,
namorada nova como cidade desencontrada,
a feição da montanha trazia a lua em serenata

Nos seus amores fui caminhada,
daquela fingida pra criar nuvem inacabada,
em cada florescer fui seu artista em minha desmentida caçada.

Bernardo G.B. Nogueira
BH - inverno

3 comentários:

  1. " Eu te amo calada, como quem ouve uma sinfonia..."
    Ouvir é amar!

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  2. ...ou seja, na verdade não amo...apenas ouço!

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