Adeus
E agora o que vou
fazer?
se há tanta
distância entre seu inverno e meu outono,
métricas
perdidas, passado no forno,
estrada inscrita
em minha pele sem prazer.
Como vou ferver?
Se o toque da sua
flor não encanta,
se a pétala de
sua rosa decanta
e depois do gole
que não faz derreter.
Se a face de sua
boca me cala,
enquanto meu
corpo reclama,
feito mar sem
ressaca.
Enquanto trilha
que não clama,
depois dum olhar
que não sufoca,
resta a pele, que
não é mais minha alma.
Bernardo G.B.
Nogueira – inverno
Ponte Nova
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