vivo
tenho
ainda que dar conta da poesia em mim,
dai
fico esvaído de circunstâncias,
prendido
há uma sonhação,
nem
de longe parece que é sonho,
pertinho
sinto mesmo a palpitação,
movem-se
cores que pintam quadros infinitos,
pra
depois me esquecer dessa paisagem,
tocar
outro canto,
é
sempre assim quando acordo,
as
noites viraram um azul estranho e difícil de olhar,
é
no meio do verso que encontro a face viva,
virando
as páginas,
deixando
mudas as lágrimas...
B.
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