sexta-feira, 26 de julho de 2013

Coimbra



Coimbra

Já se foi o tempo em que as palmeiras de lá eram sonhos nossos
A saudade já era nossa, e peculiar companheira
A língua nos faz unir
A colonização nos arreda
Pra um passado que ajunta
Pra um pretérito que não é perfeito
As letras fizeram os juristas saiem de cá
Cantamos juntos sobre o mar, “tanto mar”
As revoluções de lá foram cantadas por cá
E também os fados transaram com o samba
Tantos foram as misturas que fizeram um, como o amor
Aliás, quanto amor se faz da saudade
Mas ai vêm as caravelas
Nos fazem sentir de novo a tal saudade
Estudamos lá e criamos cá
Um pouco assim
Pai esquecido que faz gosto em se fazer lembrar
Só pra não morrer no filho rebelde
Agora que não é mais ontem
Estamos lá
Cá o timbre é outro
Como é outro o tempo
Que é rei também
Que vive como fardo em nossas costas acostumadas ao distrato
Façamos um trato
Sejamos um
E o mar
Que nos separa, embala o resto
Porque revolução é como o amor
Começa assim e assado sem saber onde vai dar
No mar ou no bojador
Basta só a gente inventar...

B.
lá e cá...

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