sexta-feira, 26 de julho de 2013

não é saber



não é saber

ontem naquele momento fatal
último e primeiro,
não estiveste aqui,
deixou na carne a face de ti,
fugiu pelo vento que varria a cidade suja
de quintais ausentes de memória,
era tudo fim, início e um colosso de anunciação,
eclipse de vida,
novamente o furacão,
dentro daquela noite não se viu canção,
deixaste traços imperfeitos pela mesa,
fugidia como labaredas a clamar pelo céu,
nenhuma história mais foi contada,
os versos tropeçaram pelo cheiro que restou,
embriagado ficou o ar,
e naquela estrada
por onde o pó levou os passos,
não havia mais,
menos ainda ao mar,
que dormia sem ressaca,
depois de hoje,
que amanhã nem sei se irá raiar...

B.

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