sexta-feira, 26 de julho de 2013

pra onde se vê...



pra onde se vê...

Como eu queria escrever poemas
Lançar seus olhos em versos dentro de mim
Nunca mais deixá-los tocar outras vias
Tê-la a ti dentro e fora do meu tormento
Tornar eterna a fagulha do seu esquivo
Beber seu cheiro em taça do corpo seu
Mas em deslizes
Caiu minha existência sobre a sua
Rabiscou-se no muro alguns ditos
Em outras esquinas, malditos, mais ditos
Circundei suas veredas e foi-se sertão
Distante como os esquecimentos
Ausente feito morte
Quente qual vida em gozo
Quando acordou-se
O mundo era outro
Havia apenas uma face
Nem minha e sua
Nem sua e minha
Toda maneira de partir é criar
Quando regressar
Torno também
Pois partida e chegada é uma só quando é um o olhar...

B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário