segunda-feira, 30 de julho de 2012

pequena poesia do tempo


pequena poesia do tempo

Sou poeta e meu tempo pulsa,
não anda,
não cansa,
e nem tictaqueia.
Não cria teias, nem matraqueia.
Escorre sereno e desencadeia,
em notas intensas afora pela veia.
Desbrava minha carne,
combate em lua cheia.
Vai embora num instante,
retorna quando anseia
seus olhos que me invadem,
tomam meu tempo,
devolvem como areia.

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete - inverno

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