da invenção...
“Ai” como eu
queria que me surpreendesse,
como seria bom um
dia transformado em noite,
descer dos montes
flutuando,
sem ver qualquer
rastro de atrito do mundo,
subvertê-lo e
transformá-lo em meu, e seu,
sem ninguém mais
a opinar,
da verdade ou da
razão daquele encanto,
do canto composto
apenas para nos saudar,
e deixado de lado
para nos esquecer,
pra de novo
recordar daquilo que irá aparecer,
novo igual a
primavera e feliz feito outono,
sem essas coisas
já traçadas e possíves de serem vistas,
um espetáculo
novo,
arte moderna a
tornar ruínas o velho decoro,
como seria feliz
meu sorriso,
sem vestígio
algum de algo que já foi,
pura criação,
de efeito mágico
e sem antepassados
forma ou direção,
como eu queria
que me surpreendesse,
nascido feito criança
e vivido feito montanha,
pra escalar meus
versos e me ensinar o anverso,
como eu queria...
Bernardo G.B.
Nogueira
Conselheiro
Lafaiete - inverno
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