quarta-feira, 18 de julho de 2012

da invenção...


da invenção...

“Ai” como eu queria que me surpreendesse,
como seria bom um dia transformado em noite,
descer dos montes flutuando,
sem ver qualquer rastro de atrito do mundo,
subvertê-lo e transformá-lo em meu, e seu,
sem ninguém mais a opinar,
da verdade ou da razão daquele encanto,
do canto composto apenas para nos saudar,
e deixado de lado para nos esquecer,
pra de novo recordar daquilo que irá aparecer,
novo igual a primavera e feliz feito outono,
sem essas coisas já traçadas e possíves de serem vistas,
um espetáculo novo,
arte moderna a tornar ruínas o velho decoro,
como seria feliz meu sorriso,
sem vestígio algum de algo que já foi,
pura criação,
de efeito mágico e sem antepassados
forma ou direção,
como eu queria que me surpreendesse,
nascido feito criança e vivido feito montanha,
pra escalar meus versos e me ensinar o anverso,
como eu queria...

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete - inverno

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