ando
de costas para a vida,
vê-la não me convém,
detém meu peito a partida,
dela quero o mel,
não quero a medida
do inferno e das coisas benditas
indiscutidas,
verdadeiras feito o sol da madrugada,
qual amor em tempo de fachadas,
qual frio em dia ensolarado.
Quero o céu e a esquina, que cria
em cada olhar e em toda trilha,
como fruto de fantasias,
real, esculpida na face do não,
contra a classe e a multidão,
esquivo do tempo e da maldição,
de olhar pra trás...
olhar pra trás!
ollhar pra trás!
Bernardo G.B. Nogueira
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