Dever de vida
Eu deveria fazer
um poema de ti,
para seus olhos
que brilham,
para sua boca que
sorri,
pra cantar sua
magia em que vivi.
Deveria ser um
poema gigante,
porque é seu o
infinito,
porque tem em seu
corpo todo o instinto,
porque em ti sou
errante.
Deveria escrever
para te imortalizar,
beber seu gosto e
festejar,
tocar seu corpo em
gozo pleno,
derramar em seus
olhos meu choro ingênuo.
Deveria sonhar
pra te criar,
deslizar leve e
forte sobre sua face,
voar sobre ti em
carícias, nosso enlace,
deitar entre seu suor,
um combate.
E depois de
cumprido meu martírio,
desfaleço sob o seu
encanto,
sem saber do
escrito ou do devaneio,
na confusão de ti
que é poema vivo.
Que é vida minha,
que é todo meu
anseio!
Bernardo G.B.
Nogueira
Conselheiro
Lafaiete – inverno.
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