domingo, 29 de julho de 2012

Dever de vida


Dever de vida

Eu deveria fazer um poema de ti,
para seus olhos que brilham,
para sua boca que sorri,
pra cantar sua magia em que vivi.

Deveria ser um poema gigante,
porque é seu o infinito,
porque tem em seu corpo todo o instinto,
porque em ti sou errante.

Deveria escrever para te imortalizar,
beber seu gosto e festejar,
tocar seu corpo em gozo pleno,
derramar em seus olhos meu choro ingênuo.

Deveria sonhar pra te criar,
deslizar leve e forte sobre sua face,
voar sobre ti em carícias, nosso enlace,
deitar entre seu suor, um combate.

E depois de cumprido meu martírio,
desfaleço sob o seu encanto,
sem saber do escrito ou do devaneio,
na confusão de ti que é poema vivo. 

Que é vida minha,
que é todo meu anseio!

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete – inverno.

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