quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

cada tempo e seu som



cada tempo e seu som

é que fiquei parado por lá,
naquele dia em que passou um cheiro,
senti uma voz e ouvi um toque em meu corpo,
e daquela noite que não se acabou,
sei não se é nostalgia,
se é acaso ou é amor,
nem é do saber essa questão,
não vale a regra e nem tem diapasão,
daquela rua que não se esquece,
do cheiro da lua que não arrefece,
e até dum mar que nem existe,
ficam todas as palavras paradas feito os barcos no cais,
flutuam entre mar vivo e parado,
e é assim depois de seu canto,
tomou meu braço e foi encanto,
tal, que agora, de novo,
sinto o dia caminhar, sem movimentos,
é assim, como partitura e jazz,
adorei suas notas,
e  delas fiz performance,
és agora, pra mim, aurora...

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete – verão - 2013

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