pra quê não
criar?
Só
bastaria que você visse a metafísica,
toda
a soma das curvas enganadas em que me perdi,
desse
a mão à noite que me carrega,
e
como cavalo selvagem bailasse em meu peito,
depois
da valsa tranqüila que fez o feito,
conquista
de campos ultrapassados,
igual
àquela canção que ninguém mais ouve.
Restaria
sua voz em meu colo só,
pra
fazer do outono cinza um arrebol,
isso
tudo apenas pra me ver
no
arco-íris de seu sorriso,
pra
em um choro triste escorrer a noite,
e
na manhã seguinte,
verso
sem rima de um amor que nasceu,
pois
amar é ver o que não tem,
só
pra criar,
ciranda
de menino que te fez maior que todos campos,
um
amor que é vento rodado pelo moinho do que você compôs...
Bernardo
G.B. Nogueira
Conselheiro
Lafaiete
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