segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Lá na selva


Lá na selva

 É que preciso tanto de um encontro com você, mas só se quiser fugir durante o dia para algum lugar em que exista um restinho de sol e um cheiro de mato que possa proteger nossos olhares das coisas que não são iguais a eles, seria lindo. Eu só queria falar de poesia com você. Falar que seus olhos são liberdade e poesia, e que são portas abertas pro mundo nascer e adormecer. Pois eu gosto só de falar o que sinto, pois sabes né menina, você eu gosto demais que fico até calado. E agora que estou escrevendo um poema pra você é que fica mais bonito ainda falar, pois quando falamos para a causa de nosso amor sobre o amor que ela faz crescer, ai que é bom demais. Então, se eu continuar gostando assim de você, eu acho que vou escrever muita poesia ainda, mas tem que me prometer que vai continuar lendo que gosto de você, pra eu poder continuar escrevendo e também continuar gostando. É assim mesmo, parece um endoidamento que a gente sente quando fica escrevendo estas coisas e sentido elas junto do escrito. Porque nem sei se estas coisas nascem das palavras que escrevo sobre elas ou se é mesmo dos seus olhos sem fim que nascem essas coisas. Sei só que fico até com o dedo cansado de tanto escrever quando sinto estas coisas, pois o coração fica em um ritmo de batuque da Bahia e meus olhos ficam perdidos em serenidade de montanha de Minas Gerais. É um tantão de miragens que ficam vivendo juntas aqui, ahh, se as palavras não fossem tão poucas. Se as gramáticas fossem reinventadas talvez eu pudesse te escrever essas endoidescências que estão aqui. Porque o mais bonito é que fica tudo parecendo um cenário, só pra fazer passar esse sentimento. Uma ala inteira de fantasias inventadas querendo dizer o que seria esse sentir. Mas na selva em que desfila essa distração não dá pra ter medida não. Por isso que anda pela selva mesmo. Calado de fala que é sempre usada e falante pro silêncio que até faz a gente chorar quando lembra. Porque o choro desse endoidar também é bom. Lava a gente e faz brotar um novo broto. Semente de amor que povoa a imaginação. Igual na manhã em que resolvi olhar pra janela distraído. Vi seus olhos a jorrar um cândido mel que levou toda minha razão. E agora fico ai convidando você pra passear na selva, lá onde eu acho que de novo tem aquela janela, com o mesmo cheiro que seu coração contou pra mim o dia em que nasci pra você...

Bernardo G.B. Nogueira
Itabirito – 2012.

5 comentários:

  1. Acho que não tem problema eu se eu te disser,
    aqui, neste universo paralelo,
    um segredo calado, muito segredoso:
    Que eu gosto de você muito demais,
    demais tanto , tanto muito!
    E que adoro ler suas poesias escritinhas,
    e pensar que foram feitas para mim!
    E depois morrer!

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  2. "Lindo
    E eu me sinto enfeitiçada
    Correndo perigo
    Seu olhar é simplesmente lindo
    Mas também não diz mais nada
    Menino bonito
    E então quero olhar você
    Depois ir embora
    Sem dizer
    O porque "

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  3. Eu te amo e esse amor é só meu. Calma, espera! Somente eu terei que dar conta desse amor. Não se preocupe. É um amor tão pleno que não pede, não solicita, não exige. Ele é meu, não se esqueça. E está aqui. E aqui ficará... na minha casa, nos meus pequenos gestos, nas entrelinhas. Sem exageros, sem paranóias, sem escândalos. No silêncio.

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