segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tormenta

Tormenta

Aqui já chove em quantia enorme,
meus pés estão molhados, sem sentimentos,
minhas mãos frias em prantos e tormentos,
os sentidos a darem sinais de sucumbência e fome.

Afagos de ventos gélidos a tomar minha visão,
claro e escuro de mim mesmo em batalha,
sai de meu peito um ar quente e de fora me vem uma navalha,
defende-se o espírito com cifras de versos e uma canção.

Gotas perdidas em rios solitários, rios cálidos,
andares distraídos por entre vozes correntes,
solidão pungente em calafrios ardentes.

Gritos desmedidos e ruído interno que não se acalma,
rimas afogadas pelo precipício de um adeus,
mas por enquanto, ainda chove forte em minha alma.

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete

Um comentário:

  1. Chove dentro de mim,inundando meu ser,salgando minh'alma...mas passada a tormenta o sentimento que chega, chega limpo e puro para continuar.

    ResponderExcluir