Tormenta
Aqui já chove em quantia enorme,
meus pés estão molhados, sem sentimentos,
minhas mãos frias em prantos e tormentos,
os sentidos a darem sinais de sucumbência e fome.
Afagos de ventos gélidos a tomar minha visão,
claro e escuro de mim mesmo em batalha,
sai de meu peito um ar quente e de fora me vem uma navalha,
defende-se o espírito com cifras de versos e uma canção.
Gotas perdidas em rios solitários, rios cálidos,
andares distraídos por entre vozes correntes,
solidão pungente em calafrios ardentes.
Gritos desmedidos e ruído interno que não se acalma,
rimas afogadas pelo precipício de um adeus,
mas por enquanto, ainda chove forte em minha alma.
Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete
Chove dentro de mim,inundando meu ser,salgando minh'alma...mas passada a tormenta o sentimento que chega, chega limpo e puro para continuar.
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