Vinhos em taça de deuses
Beber vinho em forma de oração,
sorver o gozo como diz uma canção,
deitar o verbo em cantiga de ninar,
pousar a mão como quem brinca n’um tear.
Soprar o beijo em métrica de paixão,
unir o corpo para depois ser entonação,
desditar do tempo e esquecer o silêncio,
suspiros imensos em tom de incêndio.
Quisera a lua cantar esse bailar,
de uma noite sem fim para o mundo encenar,
palavras de um verso que não se quis esquecer.
Em um tanto de distância uma busca ditosa,
prazer em carne viva e uma vida que aflora,
deuses divinos que cantam entorpecidos enquanto namoram.
Bernardo G.B. Nogueira
Este blog tem como objetivo a publicação, criação e discussão d'lgumas ideias e sonhos...ideias poéticas, filosóficas, romanescas, musicais, teatrais, cinematográficas, artísticas...e de vez em quando, jurídicas...
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
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