sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

estados

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Estar livre como selvagem cavalo,
em pastos sem cercas cavalares,
estar entretido em sentimento infinito,
em alma imensa embebedar.

P’ra um vinho antigo se entregar,
tragos doces com som universal,
em mares distantes velejar,
e a frios cortantes, pleno se deitar.

Sob lua inflamada contemplar,
em uivo à matilha se juntar,
feito corredeiras que descem sem cessar.

Em peito quente acalentar,
um lábio dormente, eternamente a amar,
isto é o viver, quem morreu, saberá.

Bernardo G.B. Nogueira
Buenos Aires

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