quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Entrega

Entrega

Tenho agora os pés descalços,
de fora brota um mar de intenções,
minh’alma vestida com cheiros de poções,
mágicas à procura de trovas entre laços.

Feito cores em manhã outonal,
sem distância imensa entre bem e mal,
de sabor escrito em local sem face,
oculta de traços, grande, um disfarce.

Palavras desordenadas em sombras,
claras tal qual o frio da solidão,
latente de um canto lançado em ondas.

De um oceano intenso e sem direção,
porto vazio feito um par sem dar a mão,
de que vale o sonho sem o coração?

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete

2 comentários:

  1. "Ainda que eu falasse
    A língua dos homens
    E falasse a língua dos anjos,
    Sem amor eu nada seria"

    ResponderExcluir