sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ladeira



ladeira

na ausência de seu jazz,
recorro às esquinas,
que mudam caminhos,
desfazem rotas,
rodamoinhos.
Dentro das páginas dos livros, letras,
de novo, letras,
letras com frases musicais,
que vejo na rua a se estender,
perante os olhares sisudos e mudos dos relógios,
que marcam os dias em que não há canção,
só um estribilho do som de ti,
longe e arredio,
feito corredeira de rio que não sabe onde vai dar,
qual sertão,
qual a ausência de ritmo que seu jazz descompassou em mim...

B.
BH – verão – 2013.

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