esquerda
Queria que fosse com revolução,
sem falta de sentido ou direção,
qual flecha de índio a guerrear,
como febre de picada de serpente,
feito o dia que o sol inflamou o peito
e a noite sangrou o coração.
Na mesma sanha que as lavas do vulcão,
pesadelo de vida real,
ataque de fera faminta,
sonho infinito e perdição,
parecido com despedida em dia de chuva.
Improvável como o poema,
implacável qual tragédia,
inevitável como o olhar.
Banhado de sangue e poesia,
com vinho a bailar,
esquecido ao mar,
solto e sem covardia.
Contra o exército e de mãos vazias,
acompanhado da fantasia,
amparado pelo impossível,
vida plena de galhardia.
Contra qualquer regra,
a favor da imaginação,
beijo demorado e sorriso de paixão,
queria que fosse revolução,
sempre...
e
nunca mais.
B.
Conselheiro Lafaiete – verão - 2013
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