sábado, 23 de junho de 2012

Me tomas


Me tomas

Não me canso de me encantar por ti,
pelo seu sabor e sua ausência,
fábula minha, sem paciência,
dor sentida pela carne que ri.

Salta aos mundos pela estrada de ti,
em caminhos se perde na floridão sem fim
das linhas esquecidas que me levam aqui,
pela frase sem fim que escreveste em mim.

Da tarde com sol te tomas em espelho,
furta sua face em esmero,
com mão acalentada te pinta por inteiro.

E como noite de sonhos,
pelo seu mar me afoga,
em olhos distantes e imensos,
cor de lua, que eternizou todos os momentos...

Bernardo G.B. Nogueira
Itabirito – inverno.


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