Do lado de quê?
Contra o explícito
o verídico
e o fatídico,
contra o machismo,
o revanchismo
e o chauvinismo,
contra o correto,
o sempre ereto
e o que não é incerto,
contra a reta,
sempre certa,
parcimoniosa e
discreta,
contra a tendência,
a essência
e toda a
coerência,
contra o esforço,
o excesso do
gozo,
mentiroso e que é
forçoso,
contra a gramática,
do macho,
não máquina.
pelo amor,
pelo poeta,
pelo erro,
pela mulher,
talvez o homem.
GB Nogueira
Outono –
Itabirito 2012.
Eu queria entrar na sua cabeça e descobrir de onde saem essas palavras...
ResponderExcluirTem mais?
Por que não acabam?
Ainda bem que não acabam!
"ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ!"
ResponderExcluirSe sou homem, primeiro sou humano
Não se alimenta da mentira, apenas degusta o engano
Se nas tuas velas sopraram o melhor de gregos e troianos
Sobraram aqui as ferramentas, a mais valia e as solas do tirano.
Cresce a árvore, dá-se o fruto
O menino come, chuta a bola, nesse mundo é absoluto
Enquanto o granulado pálido da morte absorve o que é justo
Numa outra sociedade, em outras vidas, em outras ruas, em outro mundo.
Todo grito de sangue aqui é normal, é a vida, é esporte
O que não luta, machuca, agride e morde se torna a consorte
Longe de uma realidade campestre onde repousam a compaixão e a sorte
É difícil entender a mão sem calos, a flacidez, a pele sem cicatrizes e cortes.