Nem sempre
É pena não estar
ali,
cobri de querer o
jardim
e deixei o cheiro
para ti,
uma mão estendida
assim.
De um lado havia
pássaros,
em volta do
banco, jasmim,
enquanto
esperava, flauta,
doce verniz em
tarde e cantos,
Simples feito
de esperança,
olhar de criança
enquanto dança,
cada minuto era
presença,
mas choveu,
depois dos pingos,
não mais eu,
rastros do jardim,
restos de mim,
Aceno de mãos
esguio,
beijos desditos,
corpos perdidos
desfez o mito
Pedi a morte,
só restava o
jardim.
GB Nogueira –
outono – Ponte Nova
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