sábado, 25 de fevereiro de 2012

Poesia versus poema



Poesia versus poema

Estou diante de ti,
sou eu uma criação sua,
voz que carrega sua trama,
leito que suporta sua lama.

Deito sobre ti
meu seio de sonhos e frustrações,
dizeres malditos sobre suas transformações,
me dou ao seu timbre sem direção,

mais uma vez sou sua,
sem medos,
muda, mundo,
entregue, sem ambição,

Me quero apenas em ti,
sorver seu cheiro e te perder em mim,
labirinto intocado de deus fantasioso,
és cria do impossível, filho desditoso.

Adeus poema,
tens em ti rimas,
métricas e dorso,
sou herói bandido, destruo seu porto.

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete – quando os sinos dobram

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