Doação
Ao acordar amava-te mais,
mais e sempre, estranho e mais,
desnudo e crente,
pele, carne e mais.
Depois do sonho tornaste manhã,
em meus poros de criança, maçã,
Pura e mistério, proibida,
minha e estranha, cativa.
Doaste em sonho, um parir,
viveste o encanto, partir,
Em tom silente, foste em mim,
mais bela que o dia em que nasceste
nas notas turvas do porvir,
sua pose infinita, crua, ao longe,
de perto, me fez sorrir.
GB Nogueira – Ponte Nova, outono.