domingo, 16 de setembro de 2012

Poeta mentidor



Poeta mentidor

E eu que nem preciso do tempo,
não atendo ao telefone,
deixo no chão o cartão,
esqueço na porta a chave.

Depois que me lembrem,
antes fico a esquecer,
nem tem agenda,
nem tem amanhã.

Depois que vivo é que acordo,
o sonho traz a vida,
nem antes nem depois há ninguém.

Não ouço pelo que me chamam,
deixo passar os minutos.
Vivo! Não morro de viver!

Bernardo G.B. Nogueira

Um comentário:

  1. Poeta desafia o reto,
    sente o mundo,
    vive a crise.

    Poeta aspira o horror,
    entende a dor,
    espera o amor.

    Poeta exala o mar,
    esperneia ao ar
    pisa no chã pra devanear.

    O meu poeta desperta-me o sonho constante,
    O meu poeta galga-me o prazer delirante,
    O meu poeta é o infinito da minha mente relutante.



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