sábado, 15 de setembro de 2012

Em pedaços...



Em pedaços

Quantas idiossincrasias transbordam de mim,
salta feito águia em precipício,
qualquer atrito resta esquecido,
em rastros imaginários que criam alvorecer.

Caçada insana frente ao inimigo,
em guerra fecunda de cores,
surgem dum rosto inscrito em flores,
voam pelo ar como rajadas de sol.

Ficou em carne viva esse som,
recitado em versos de tom maior,
monossílabos que diziam o mundo.

Cada pegada foi um pedaço que ruiu,
como as folhas que rolam pelos galhos,
fui noite fria que entranhou em seus olhos.

A noite daquela enchente lavou meu peito,
desnudou a face e trouxe o canto novo,
a poeisa ficou pronta quando sai de mim,
as rimas agora estão todas feitas.

                                   Palavras candentes de uma tempestade que não caiu,
  partiu.

Bernardo G.B. Nogueira
BH – inverno velho e novo.

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