O que me tornar?
Hoje eu falei com
pessoas do meu passado,
talvez eu nem me
reconheça mais,
são tantos
passados que o presente me falta
palavras ficaram
por serem ditas, o presente nasceu assim.
Os rastros de mim
restaram nestes semblantes que encontraram,
encenaram
encontros fortuitos esquecidos pelo vento,
a figura que ali
se montava era eu e nós,
impossível não o
ser, o ser que nos cria e mata.
Cada timbre foi
um estermínio de minha parca memória,
o parto daquelas
palavras ressoaram em minha estrada,
a porteira que
batia lá atrás cuidava das próximas curvas.
Defronte ao
abismo caiam risos e lágrimas,
abraços perdidos
e outra face apunhalava meu futuro,
era eu a nascer
entre a gente que me lembrava o quanto eu não fui.
Bernardo G.B.
Nogueira
BH – inverno e
noite.
Parece trecho de romance, Bernardo. Diferente dos seus outros poemas.
ResponderExcluirQuero saber o final dessa estória rsrsrs
Abração.
Concordo plenamente com a afirmação acima!
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