quinta-feira, 15 de março de 2012

tempos imaginários

tempos imaginários

Como foi bom ser dois,
não ser líquido nem sem cor,
incolor cor de nunca,
pé na estrada, som de chuva.

Em som inodor,
de frio quente e calor sem flor,
de mãos dadas,
soltas ao amor.

Não vou devolver aquela face,
resta perdida entre o dia em tom rapace,
levada pela noite que sopra em vagar.

Do último andar de sua caverna,
manda símbolos de explosão interna,
caindo pelas centelhas que antes eram dois,

Agora foi só um,
só!

Bernardo G.B. Nogueira
Itabirito – 15/03/2012

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