quinta-feira, 8 de março de 2012

De todas as coisas


De todas as coisas

De todas as coisas,
foste a mais simples,
a mais tenra e a mais triste,
uma flor pequena e tantas fantasias.

De todas as coisas,
tiveste a maior candura,
a melhor de todas, formosura,
deixaste pelo caminho sabor de noites, longínquas.

De todas as coisas,
andaste solta pelas pedras,

sem peias, sem metas,

com ar de flores, quimeras,
firme feito sonhos, sinceras.

De todas as coisas,
houveste seu olhar lacrimoso,
teu braço afável e ardoroso,
um ventre que doa vidas, choroso.

De todas as coisas,
houveste sua voz, triste e dengosa,
admirada com as rosas, tuas irmãs,
entremeada de amores feito as manhãs.

De todas as coisas,
tocaste o mundo com os teus passos,
tornaste em cor todos os traços,
obra de arte, deuses em descompassos.

De todas as coisas,
te inventaste,

singular e mulher!
Plural e mulher!
Amada e mulher!

Bernardo G.B. Nogueira
Itabirito – no dia da mulher!

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