De todas as coisas
De todas as
coisas,
foste a mais
simples,
a mais tenra e a mais
triste,
uma flor pequena
e tantas fantasias.
De todas as
coisas,
tiveste a maior
candura,
a melhor de
todas, formosura,
deixaste pelo
caminho sabor de noites, longínquas.
De todas as
coisas,
andaste solta
pelas pedras,
sem peias, sem
metas,
com ar de flores,
quimeras,
firme feito sonhos,
sinceras.
De todas as
coisas,
houveste seu
olhar lacrimoso,
teu braço afável e
ardoroso,
um ventre que doa
vidas, choroso.
De todas as
coisas,
houveste sua voz,
triste e dengosa,
admirada com as
rosas, tuas irmãs,
entremeada de
amores feito as manhãs.
De todas as
coisas,
tocaste o mundo
com os teus passos,
tornaste em cor
todos os traços,
obra de arte, deuses
em descompassos.
De todas as
coisas,
te inventaste,
singular e mulher!
Plural e mulher!
Amada e mulher!
Bernardo G.B.
Nogueira
Itabirito – no dia
da mulher!
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