À espera do canto...
quase como uma gota de lágrima que ainda não choveu,
quase como um toque de lábios que se rompeu,
quase como um abrigo que o vento levou,
quase como um seu afago que não é meu,
qual a distância do rio que me torna mar,
qual a proximidade do rosto a se virar,
qual a faticidade do tempo a nos moldar,
qual a face da vida que a outra é morte.
a ti irei olhar,
como o filho que dá braços ao pai,
como a vela do barco que se dá ao vento,
como a palavra que se dá ao sentimento,
como a folha que se dá ao anseio do poeta.
feito um silvestre a caçar sua vida,
feito o artista a se perder no palco,
feito a criança que sente medo da noite,
feito o adulto que sente medo do amor.
estarei à espera de seu canto...
Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro
Lafaiete
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