sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Chuva infinita

Chuva infinita

Não é simples ouvir o mundo em versos,
em uma hora se cala e em outro, universo.
De um lado o campo, para sempre silvestre,
arroubos de sonhos e rimas agrestes.

Uma rua cheirosa e um olhar inerte,
lugares novos e palavras em cor,
romance em traços e estrofes doces,
um beijo lançado, ar, cheiro, agridoce.

Torpor entre os passos, visadas sem traços,
caminhada perene, gole, vinho, embaraço.
De tanto poema, barulho e cansaço,
descanso na chuva, imensa, meu infinito regaço.

Bernardo G.B. Nogueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário