segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dividir a lua

Dividir a lua

Mãos dadas a sorver o amanhecer,
porque sem partilhar não é amor,
porque sem entrega o olhar não há ardor,
pois em cada aurora é preciso alvorecer.

A boca amainada e deixo meu peito entreter,
toque aveludado qual um vinho demorado,
corpo entregue, traço lindo e enamorado,
vento torpe cheiro longe de mata a arder.

Sonhos vívidos com tons cor de lírio,
campos leves voz tocada em mi menor,
almas cadentes pingos de sol em desvario.

D’uma noite despedida ornada e bendita,
miradas intensas doação entrega e chegada,
partilha da lua, vida e madrugada amanhecida.

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete

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