Dividir a lua
Mãos dadas a sorver o amanhecer,
porque sem partilhar não é amor,
porque sem entrega o olhar não há ardor,
pois em cada aurora é preciso alvorecer.
A boca amainada e deixo meu peito entreter,
toque aveludado qual um vinho demorado,
corpo entregue, traço lindo e enamorado,
vento torpe cheiro longe de mata a arder.
Sonhos vívidos com tons cor de lírio,
campos leves voz tocada em mi menor,
almas cadentes pingos de sol em desvario.
D’uma noite despedida ornada e bendita,
miradas intensas doação entrega e chegada,
partilha da lua, vida e madrugada amanhecida.
Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete
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