domingo, 27 de novembro de 2011

Nada é simples

Nada é simples

Por entre chuvas e miradas de sol,
passagens por mares e campos de flor,
solidão e amor silente por entre frestas de lábios,
tristezas constantes e admiração sob meus olhos em dor.

Cenas distantes de um balé etéreo.
Um vacilo de pernas e um novo céu se abre,
desatam-se os nós e a calmaria se deixa ver através da pele inerte,
nenhum suspiro mais se ouve e todo o sentimento resplandece cálido.

Desenganos que nascem com o diálogo,
feitos memoráveis e desditas que se desenrolam.
Acenares de mãos em silêncio às vidas que se recompõem,
momentos vãos e uma alegria juvenil.

Depois da morte consumada.
Sons novos, ações belas e uma toada.
Depois da morte e não mais resta nada,
esculpir a vida, chuva leve e alma lavada.

Nada é simples, nem o balé,
nem a morte, nem a vida, o amor...

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete

4 comentários:

  1. Se fosse simples nada disso seria tão gostoso...

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  2. Lindo como os outros, quantos sentimentos, um turbilhão deles, muita paixão, muito amor, muito desejo, e principalmente muita solidão..
    Realmente nada é simples, nem o amor, nem a dor, quem dirá a vida...

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  3. Nada é tão simples que possamos explicar,
    Nada é tão complicado que não possamos viver...
    Ká.

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