ao desaparecer,
deixe-me aqui,
com todo o calor que não se sente,
com toda a febre que me acomete,
com todo dissabor que me apreende,
com toda a tristeza que me acende,
com toda a verdade que para minhas lágrimas é nascente.
Deixe-me aqui,
a olhar p´ra trás, e não p´ra frente,
a me guiar pela poeira que um dia foi dormente,
a farejar nas brisas o que não se sente,
a tatear pela sombra o resto da luz estridente,
a mirar bem longe, porque de perto é evidente.
Deixe-me aqui,
pois já vai longe o trem de ontem,
pois já tem gosto de lembrança,
pois já faz rastro sua pujança,
pois já tem nome sua andança,
pois já é amor, que tem em si toda a esperança...
Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete – outono – 2011.
As palavras com louvor te guardam o tempo exato pra falar, no mundo em que vivemos uma vitória só não basta!
ResponderExcluirDeixo-me aqui.
A elogiar o seu trabalho não só por se mostrar um eterno estudante do direito, mas também por nos compatilhar seu lado de poeta e eterno sonhador.
Bela poesia! Como diz Adélia Prado: “Não adianta, não adianta, eu não mando nisso. A vingança da poesia é essa: ela ser maior que a gente.” É inefável esse ar refrescante de liberdade de sentimentos e melodia de viver ínsito à poesia.
ResponderExcluirParabéns pela produção poética e por todo este talento transbordando...
Continue assim!!
Suely Vidal