terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tanta coisa...



Tanta coisa...

você é tanta poesia com esse sorriso,
eu sou só um verso dele,
nem poderia ser mais,
nem menos.
Se te apanho em rimas,
foges como cai a chuva.
Em outra inspiração, te recrio em visão,
saído de dentro de algo que não tem fim não,
direto para seu infinito,
que me revela pela metade,
distinto de toda certeza,
impossível qualquer fim.
É assim toda sua cadência,
dias tenros, noites em furacão.
Manhã de brilho e estrada sem direção.
Você é tanta poesia com esse esquecimento,
eu sou só um laivo dessa criação,
de verdade ou em fantasia,
apenas te escrevo, nada mais não.
Se te vejo em meus desditos,
é pra ter certeza de sua complicação,
de me fazer poeta triste,
de me trazer ao turbilhão.
E é assim que és tanta coisa,
poesia e prosa, música também
são os locais onde você mora,
nova, velha e invenção,
de mim e de ti,
folha escrita, estória inventada,
eterna encantação.
Você é tanta coisa...

Bernardo G.B. Nogueira
Primavera - Itabirito

3 comentários:

  1. Ela,
    ele,
    outra,
    outro,
    vida,
    você!
    Apenas te escrevo,
    apenas te leio,
    apenas te invento,
    apenas me encanto,
    apenas silêncio.

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