sexta-feira, 27 de abril de 2012

Prosinha pro dia


Prosinha pro dia

Tá bom, foi mal,
pela cobrança para um encontro, e tal,
pela leveza do poema,
em uma tarde de trabalho real.

pela manhã sem a correria normal,
pela demora no banho,
dos tantos tropeços e versos,
pela ausência do pontual.

Daquele dia que me perdi e atrasei,
é que tinha uma canção e um refrão,
sempre que ele tocou,
me esqueci do caminho, só via o sol.

E eu acho que sempre vai ser assim,
não tem fim e nem tem mal,
é só o esquecimento mesmo, do real,
é só a criação do seus olhos, mortal.

Bernardo G.B. Nogueira
diálogo – outono.

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