sábado, 17 de setembro de 2011

À tardinha, como queria Florbela, ou mesmo..."de madrugada"


de madrugada...

precisei voltar e descansar,
deitei meus olhos em teu seio,
um colo eterno de mil faces,
com um arfar divino, quase um ultraje.

Esse regresso fora minha oração,
verso entoado como sopros de canção.
Amores ao vento, de mãos dadas, união.

Tinha uma lágrima que descia,
um suspiro contido em uma  falsa harmonia,
e os olhares, muito de perto, não se viam.

Regressar é mesmo assim,
o porto sempre ali, os amores não.
A alma, resta perdida,
e ao acaso, exausto, o coração.  

Bernardo G.B. Nogueira
Conselheiro Lafaiete – inverno – 2011.

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