segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nunca as palavras de Pessoa me foram tão reais: "Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer"



O livro "Dois olhares sobre Florbela Espanca" acaba de ficar pronto...agora são aquelas fases das quais prefiro me manter bem distante, talvez pelo excesso de "ãos"... revisão, diagramação...impressão.

É um projeto em que ganhei de várias formas: Primeiro um amigo, que foi meu parceiro no livro, o músico, poeta Marcos Assumpção. Depois, ganho o sentimento de Florbela em mim, e que tentei deixar sair em minhas palavras, claro que não consegui. Mas, como considero esse livro um ponto de partida, está tudo certo. Mantenho minha parceria com meu amigo Ramon Mapa da Silva, que escreveu uma apresentação da qual minhas palavras não são dignas, vocês verão. Tem ainda um retorno ao Portugal que ainda me enche de saudades. Noites em que renasci. Noites de insônia, regadas a música, poesia, romance, sonhos, amores, palavras, palavras, palavras... e algumas boas doses de vinhos e uísque. Tem, principalmente, as pessoas que escreveram esse livro comigo, com seus olhares, seus sentimentos, suas críticas, aliás, essa construção do projeto, e do outro, é o mais importante ao fim de tudo.

Vejam esse link, dá acesso ao site do Marcos Assumpção. Lá poderão ver o cd "A flor de Florbela" - que deu origem à nossa saga por entre Florbela Espanca:
http://www.marcosassumpcao.com.br/


Em Agosto o livro sai publicado com palestras e lançamentos a serem divulgados a contento. O que senti quando encerrei o livro está aí nesse pequeno poema:

o FIM...

está aí,
a réstia de inspiração,
a réstia de Florbela,
a réstia de sonhos,
a réstia de coração.

está aí,
o fardo de minha vida,
minha vida de ilusão,
o fogo do meu corpo,
meu corpo de paixão.

está aí,
o cadáver do meu coração,
o cadáver da minha paixão,
o cadáver que me fez pó,
o cadáver de minha inspiração.

está aí,
a morte de minhas letras,
a vida d'outra canção,
a morte dos pensamentos,
a vida viva, um turbilhão.

está aí,
bem na sua frente,minha vida em mostração,
bem na sua frente, meu peito ávido de emoção,
bem na sua frente, minha maldita entonação,
bem na sua frente, todo meu amor, em forma de canção.

Bernardo G.B. Nogueira - inverno - Conselheiro Lafaiete

Um comentário:

  1. Parabéns, Bernardo. Suas palavras vão ao encontro a toda voracidade da emocao contida nas entrelinhas das estrofes de Florbela Espanca. Vou divulgar a postagem. Vou acompanhar o blog paa saber mais sobre o projeto. Abraço, Marcos Queiroz P.s.: tentei postar no blog, mas por algum motivo não consegui. Talvez seja pq estou no celular.

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